II Revolução Industrial
Devido às três principais invenções da época, inicia-se em 1860 a chamada II revolução industrial, que se iniciou devido a uma serie de desenvolvimentos dentro das indústrias elétrica, de aço e petróleo o uso continua dessas novas fontes de energia permitiu a intensificação e diversificou o desenvolvimento tecnológico. Com a busca incessante pelo lucro em relação aos grandes investimentos feitos, começa então a especialização do trabalho que proporcionou a fabricação de artigos em serie, o que tornava mais barato o custo por unidade. Surgem as linhas de montagem, que nada mais eram do que esteiras rolantes por onde passavam parte dos produtos a ser montado promovendo uma forma dinâmica do processo.
Implantada primeiramente na indústria automobilística Ford, nos estados unidos, no qual as esteiras levavam o chassi do carro e percorria toda a fabrica, os operários ficavam de forma lateralmente e conforme as peças iam chegando a suas mãos através de outras esteiras montavam o carro com as peças. Esse método de produção em massa foi chamado de Fordismo, no qual foi de encontro com as teorias do engenheiro norte americano Frederick Winslow Taylor, o Taylorismo que visava o aumento de produtividade controlando os movimentos dos homens e das maquinas no processo de produção. Essa forma de produção propiciou o surgimento de grandes indústrias e a geração de grandes concentrações econômicas, o que culminou nas “HOLDINGS”, TRUSTE E CARTÉIS
A concentração do capital industrial
· Holdings- correspondem a grandes empresas financeiras que controlam vastos complexos industriais e possuem a maior parte de suas ações.
· Trustes – são grandes companhias que absorvem seus concorrentes ou estabelece acordos entre si, praticando assim o monopólio da produção de certas mercadorias, determinando seus preços e dominando o mercado.
· Cartéis – são grandes empresas que produzem mercadoria do mesmo ramo e ambas associam-se para evitar concorrência e dominar os preços
Novas formas de Trabalho
Com o surgimento da mecanização industrial, propiciou transformações em diversos setores da vida humana, na estrutura socioeconômica houve uma separação de forma significativa entre o capital; representado pelos donos de empresas, ou seja, dos meios de produção, e o trabalho representado pelos assalariados, colocando fim na antiga organização corporativa da produção que era muito utilizada pelos artesãos. Os trabalhadores perderam a posse das ferramentas e maquinas e passaram a viver apenas da única coisa que lhes pertenciam: sua força de trabalho, explorada ao Maximo.
Submetidos à remuneração, condições de trabalho e de vida subumanas, em oposição o enriquecimento dos proprietários; os trabalhadores no inicio da revolução industrial, se associaram em organizações trabalhistas, como por exemplo, “trade unions (sindicatos) no qual trocavam idéias e teorias, mas sempre preocupados com o quadro social da nova ordem industrial. Estabeleceu-se de forma clara a luta de interesses entre a burguesia e o proletariado, questão esta que atravessou o desenvolvimento capitalista até os dias: de um lado aqueles que valorizam a dinâmica produtiva, a atuação do mercado, como regente fundamental do desenvolvimento, de outro os que priorizam o lado social e o efeito sobre as maiorias sociais no desenvolvimento econômico cada vez mais globalizado. Da idade media até a explosão da revolução industrial, os trabalhadores artesãos independentes foram perdendo suas funções até desapareceram, dando lugar aos operários do século XIX.
A Classe Operaria
Como já vimos, a revolução industrial trouxe diversas e grandes transformações, as pessoas acreditava que a maquina traziam enormes benefícios para a humanidade. O mesmo não dizia os trabalhadores de fabricas. As condições de vida dos operários até meados do século XIX eram degradantes, pois a maioria morava em cortiços sem as mínimas condições d e higiene, no qual se tornava em cenários perfeitos para a propagação de inúmeras doenças. Apesar do grande crescimento industrial que fez com que muitas pessoas abandonassem o campo em busca de melhores oportunidades e condições de trabalho na s cidades, milhares de pessoas continuavam desempregadas e algumas até apelavam e se entregavam aos crimes e à prostituição, as cidades industriais pelo que podemos ver eram um verdadeiro caos.
No fim do século XVIII, descontentes com as situações com a qual conviviam, os operários começaram a organizar grupos, associações e entidades com um único objetivo d e pressionar os governos a mudar a situação. Um dos primeiros movimentos que obteve grande adesão dos foi o “Ludismo” assim chamado por causa do seu líder Ned Ludd, a ação mais comum entre eles era a destruição de maquinas. Causando a assim uma reação violenta por parte do governo inglês, que proibiu qualquer união entre os operários, mesmo com a proibição os movimentos continuaram a crescer e foi ai que surgiram os primeiros sindicatos, que se manifestavam através de greve. Os operários alem de tentar mudar sua situação perante os patrões, também queriam representante s no parlamento.
Em 1838, os trabalhadores ingleses redigiram uma carta ao governo exigindo melhores condições, a idéia espalhou-se e milhares de trabalhadores que tomaram a mesma medida. As reivindicações dos operários foram ouvidas aos poucos, em no fim do século XIX os operários conquistaram:
· Redução na jornada de trabalho para 8 horas
- O salário- mínimo
- O descanso semanal
· As férias.
Mas nem todos os países, entretanto, melhoraram a vida dos seus trabalhadores provocando assim uma série de conflitos durante o século XX
A Inglaterra e o Pioneirismo Industrial
Vários fatores favoreceram o pioneirismo inglês:
· O acumulo de capitais;
· O controle capitalista do campo
· O crescimento populacional;
· A posição geográfica;
Fases da revolução industrial
· Primeira fase: de 1760 a 1860, basicamente limitada à Inglaterra, foi nesta fase que ocorreu o desenvolvimento das indústrias de tecidos de algodão e o aperfeiçoamento da maquinas a vapor.
· Segunda fase: de 1860 a 1900, espalhou-se pela Europa, Estados Unidos e Japão. Principais inovações tecnológicas: utilização do aço, aproveitamento de energia elétrica e dos combustíveis petrolíferos, invenção do motor a explosão, da locomotiva e do barco a vapor.
Conseqüências Sociais da Revolução Industrial
· Exploração do trabalho humano (baixos salários, péssimas condições das fabricas);
· Conflito entre operários e empresários;
· Surgimento dos principais sindicatos operários.
Impactos da revolução industrial nos dias atuais
A revolução industrial ocorrida no passado nos trás até os dias de hoje influencias, os avanços tecnológicos ultra rápidos que resultam em uma obsolencia também cada vez mais veloz, especialmente falando da microeletrônica, na robótica industrial, na qual cada vez mais maquinas estão substituindo o lugar do homem e que automaticamente exige uma especialização do operário para que possa se manter no mercado de trabalho, ou seja, ele sempre tem que estar buscando o processo de melhoria continua sempre procurando melhorar e adquirir novas funções. A digitalização dos serviços através do computador eliminando os papeis no Maximo possível e evitando o desperdício, como por exemplo, emitir uma nota fiscal, redigir um texto e etc.
Com os crescentes avanços tecnológicos cada vez mais velozes, tornaram o ser humano um ser consumista, pois o mesmo nunca esta satisfeito com o que tem e sempre quer mais, o celulares são um exemplo bem claro disso. Pois com o surgimento de novas tecnologias a todo instante, como por exemplo, o produto que hoje é “top de linha” amanha já não é mais, o que conseqüentemente nos deixa insatisfeito e desperta o sentimento de desejo de sempre querer mais e mais. As indústrias também não diferentes, pois passam cada vez mais a investir em novas tecnologias para que maximize sua produção de forma que possam produzir mais e conseqüentemente obter lucro. Assim como no passado as maquinas continuam a tomar cada vez mais o lugar do homem, o que nos leva a analisar que a especialização humana é de fundamental importância para que possa sobreviver nos dias de hoje. O transporte também foi algo que surgiu na revolução, e que esta em uma crescente evolução, por exemplo, o Trem Bala, carros ecologicamente corretos, ou seja, que não emitem poluição e que são movidos a eletricidade e que em breve estarão dominando o mercado, não se esquecendo dos veículos hoje que são movidos por gasolina ou álcool, os famosos veículos Flex.
De fato mesmo é que o ser humano se tornou totalmente dependente das tecnologias e seus avanços, transformando em um ser consumista e insatisfeito, portanto hoje temos melhores condições de trabalho e de vida, mas nada disso seria possível se não houvesse a revolução no passado.